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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Acho que sou um ser humano como outro qualquer - ou penso que sou, não sei. Num dia, acordo me sentindo uma super heroína achando que posso salvar o mundo e no outro, acordo me sentindo uma garotinha encolhida debaixo das cobertas, se escondendo dos perigos do mundo. Como filha, quero apenas ser o “orgulho da mamãe”. Como amiga, espero sempre estar confidenciando segredos, que muitas vezes já não são mais segredos. Como mulher, quero apenas um forte abraço, sentir que quando estou ali envolvida naqueles ombros fortes, o mundo pode acabar e nada vai me atingir. Ás vezes, me acho louca, como todos se acham um dia. Preferia mesmo sê-la, pois ser normal não tem tanta graça assim. Só é feliz quem comete “loucuras”, loucuras essas que prefiro chamar de vontades, e como alguém que faz aquilo que tem vontade pode ser chamado de louco? Tem é que ser chamado de FELIZ, essa pessoa sim é digna de dizer “eu vivo”. E nós, sermos rotulados – invejosos, porque não temos a coragem de fazer o mesmo. Enquanto o mundo acontece lá fora, ficamos debruçados em nossas pequenas janelas, cheios de grade e proteção, espiando os movimentos das nuvens. Você pode não concordar, mas só é feliz de verdade aquele que descobriu que o ideal da vida não é ficar trancafiado dentro de 4 paredes de um escritório 8h por dia, mas que o verdadeiro conceito de felicidade é abrir os braços e perceber a leve brisa tocar nosso rosto, sentir o vento bagunçar nossos cabelos, esquecer que existe relógio. Aliás, estamos fadados, presos a horários, e como isso é insuportável. Porque temos que sair pra almoçar meio dia? Temos que almoçar quando tivermos fome. Porque temos que ir dormir ás 22h? Temos que dormir quando sentirmos necessidade. Isso deveria ser expandido para todas as áreas de nossa vida. Fazer o que quisermos  na hora que quisermos. Seguir as regras deve ser legal pra quem as inventou. É notório, brincamos de siga o mestre com a sociedade e muita gente nem se da conta disso.  E, se você esta discordando comigo, e dizendo que é feliz seguindo as normas, você deve ser feliz sim, mas não da maneira intensa como deve ser a felicidade. Você, duvido que algum dia tenha mentindo pra sua mãe dizendo que ia estudar, enquanto ia se aventurar com seus amigos. Duvido que algum dia tenha pulado o muro da escola pra comprar lanche na esquina. Duvido que, depois de uma bebedeira, tenha acordado algum dia, em lugar totalmente estranho e se perguntando “Onde estou?”. Duvido que tenha sentindo a grama verde e encardido seu pé de terra. Duvido que algum dia ao te convidaram pra uma louca aventura, você tenha imediatamente aceito tal convite, sem analisar as possibilidades. Duvido que tenha usado todo o dinheiro do aluguel para pagar uma conta no bar. E duvido, mas duvido mesmo que você já tenha sentindo a chuva cair e as gotas molharem seu rosto –  igual eu senti. Então, ao contrário do que dizem, realmente a vida é muito bela, e viver é maravilhoso,  e de verdade que as coisas boas estão em pequenos detalhes, como as boas gargalhadas com os amigos ou até mesmo ouvir aquela música brega preferida escondida de todos. O problema é que a gente esquece de tudo isso e vive dizendo que a vida é uma bosta.