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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Como eu queria...

Como eu queria ser livre como o vento, descobrir e desbravar uma coisa nova todo dia, ter a certeza de que a vida não é só essa monotonia que eu vivo agora. Subir cada morro e atravessar cada rio, correr riscos e sobreviver a eles.
Como eu queria seguir esse espírito aventureiro, atravessar os mais temíveis
temporais com um sorriso no rosto sem ter limites pra viver, tendo como ponto de partida, um íntimo vínculo com o amor demonstrado em silêncio e a mansidão da alma, que
chama por alguém que eu ainda não conheço.
Que ainda não conheço, mas que convivo há muito tempo, e sei que quando nos olharmos pela primeira vez, teremos a certeza de que já nos conhecemos, tanto, que palavras não serão necessárias, nossos olhares serão suficientes por si só. Nossas mãos se unirão como se já soubessem onde devem tocar, nosso cheiro nos embriagará de tal forma que apagará de nossas mentes toda e qualquer experiência passada, tudo isso, com ponto de partida, e sem linha de chegada. Eis que nossos momentos serão únicos e nossos dias mais agradáveis quando nos encontrarmos de verdade e pudermos colorir os sonhos que estavam em nós, mas não pulsavam nem tinham mais forças para existirem. E então, como num filme com desfecho feliz, nossos corpos se encontrarão e já não sentiremos frio, pois o calor que nos tomará, fará com que queiramos simplesmente unir nossos lábios! E caminharemos de mãos dadas, entrelaçando o desejo e a plenitude da união de nossos sentimentos, e nada mais será necessário, pois na imensidão de nosso olhar, saberemos de fato que nossa incessante busca chega ao fim, porque encontramos aquilo que nos faltava e que agora não nos falta mais...


Rosi e Letícia Lesak

domingo, 13 de junho de 2010

Aos meus amigos...

Passo os dias me perguntando até quando isso vai me acompanhar. Até quando vou chorar por apenas ter batido o dedo na porta.
Essa angústia tem fim? Esses textos deprimentes que escrevo têm fim? Quero meu sorriso verdadeiro de volta, quero vê-lo brotar da alma novamente.
É incrível, consigo transformar pequenos problemas em grandes pesadelos. Choro, sofro sem motivos. Sem motivos? Não – esses motivos existem e os meus são os piores do mundo, maiores do que o de qualquer outra pessoa. Mas, espere – está passando, já me sinto melhor, até aprecio o perfume das flores e me divirto com um gatinho, que rola pelo chão.
Hoje quero trabalhar, quero resolver meus problemas, quero conquistar o mundo. Ah quanto tempo perdido, quanta diversão perdida e, o pior de tudo, as amizades abaladas e as oportunidades não aproveitadas.
O quê? Minha amiga não vai poder sair comigo? O meu mundo desaba novamente, já sinto lacrimejar meus olhos e já me encontro em um mar de desespero.
As lágrimas não cessam, meus amigos me perguntam o que acontece, não quero falar a respeito, e afinal, não são meus amigos? Não acompanham minha vida? Deveriam saber. E, além disso, eu estou bem, não preciso de ajuda, não estou doente.
A noite acaba, o dia nasce, mas e esse vazio porque ainda continua aqui? Não, não quero ir trabalhar, estou com muito sono, porém não deveria estar, eu dormi por 10h seguidas. Com muito esforço consigo levantar da cama. Que vergonha da imagem no espelho, vejo o reflexo de uma pessoa fraca. Volto pra cama, não posso ir trabalhar com essa cara. No relógio 9h, preciso ir.Meu olho continua igual, nem a maquiagem disfarça, parece até que ficou pior.
No trabalho, respondo mais uma vez: “não, eu não fui pra balada, vai cuidar da sua vida”.
Não demoro a perceber que já estou mal de novo – droga. Cadê toda aquela motivação, a única que possuo agora é sofrer, sofrer e sofrer.
Contar aos colegas? Pra quê? Pra eles olharem com aquela piedade e dizer: “Você tem que reagir”, jura? Agora me conta uma novidade. Ou então ouvir um: “Isso é frescura”, claro que é, afinal, sofrer é um hobbie.
Nessa situação deprimente já não consigo manter uma boa comunicação com os amigos, os maltrato, sem querer, lógico. E, é por isso que prefiro mantê-los afastado de mim, na verdade, eu me afasto deles. Assim, não os faço mal, não os afeto. Melhor ter a solidão como companhia, ela sim me entende e me conforta.
Ué, por que estou sozinha? Meu Deus, acho que todo mundo me odeia.
Vendo que não há outra maneira de expressar o que sinto, resolvi escrever, quem sabe assim meus amigos me compreendam, e o mais importante, me perdoem. E com isso, saibam o quanto os amo e o quanto são importantes em minha vida.

***
Dedicado principalmente aos meus amigos: Camila, Edh e Lilian (está em ordem alfabética, tá?!). Obrigada por estarem ao meu lado. Obrigada por me darem forças. Amo-lhes.